Centro Cultural Abrigo de Bondes recebe a Exposição "Vultos do não
se pode", de Alessandra Cunha
O Centro Cultural Abrigo de Bondes, abre suas portas para receber a
exposição "Vultos do não se pode", da artista plástica mineira
Alessandra Cunha (Ropre). A mostra pode ser visitada até o dia 30 de novembro
de 2016. A entrada é gratuita.
Para compor as obras que serão exibidas, a artista se inspirou na lendária figura "Não se Pode" – que saía todas as madrugadas pelas ruas de Teresina, capital do Piauí, em uma época em que as mulheres não saiam sozinhas. Ela conta que conheceu a personagem em uma viagem a trabalho que fez à capital do Piauí.
Para compor as obras que serão exibidas, a artista se inspirou na lendária figura "Não se Pode" – que saía todas as madrugadas pelas ruas de Teresina, capital do Piauí, em uma época em que as mulheres não saiam sozinhas. Ela conta que conheceu a personagem em uma viagem a trabalho que fez à capital do Piauí.
Reza a lenda que quando via um homem na calçada, "Não se
Pode", como ficou conhecida, pedia-lhe um cigarro e acendia se esticando
para alcançar o fogo do poste de iluminação pública e se o homem tentasse
conversar, a dama saía correndo e gritando: "Não se pode! Não se
pode!". Com um toque contemporâneo, Alessandra Cunha busca repensar as
repressões que atingem o público feminino e convida as mulheres a refletirem
sobre seus reais limites.
Alessandra Cunha, que utiliza o nome artístico Ropre, nasceu no dia 30 de março de 1978, em Uberlândia (MG). Em 2010, graduou-se em Artes Plásticas pela Universidade Federal de Uberlândia. Desde então, vem formando um amplo currículo de exposições e prêmios em todo o mundo. Em 2012 a artista ganhou o Prêmio Aquisição, na categoria contemporânea do "V Salão de Artes Plásticas de São José do Rio Preto". No ano seguinte, 2013, ganhou medalha de ouro por duas pinturas no "XXXVI Salão de Artes Plásticas Waldemar Belisário", na Vila em Ilhabela (SP).
Alessandra Cunha, que utiliza o nome artístico Ropre, nasceu no dia 30 de março de 1978, em Uberlândia (MG). Em 2010, graduou-se em Artes Plásticas pela Universidade Federal de Uberlândia. Desde então, vem formando um amplo currículo de exposições e prêmios em todo o mundo. Em 2012 a artista ganhou o Prêmio Aquisição, na categoria contemporânea do "V Salão de Artes Plásticas de São José do Rio Preto". No ano seguinte, 2013, ganhou medalha de ouro por duas pinturas no "XXXVI Salão de Artes Plásticas Waldemar Belisário", na Vila em Ilhabela (SP).
Em viagem a trabalho, conheci “Não se
pode” uma personagem muito presente no imaginário popular da cidade de
Teresina, capital do Piauí. Enquanto visitante, pude ouvir várias vezes, de
pessoas diferentes, relatos sobre alguém que tinha um parente que em uma noite
viu e falou com esta figura lendária. O carinho que todos têm por esta dama
comoveu-me provocando uma curiosidade sobre como teria vivido esta mulher, que
tinha a mesma idade que tenho agora, mas em um período de domínio machista. E
se fosse eu, será que suportaria um ou vários “não se pode!”? E de que forma eu
enlouqueceria? O que poderia reduzir um espírito a uma frase tão simples e
intrigante? O que uma mulher com idade entre 30 e 40 anos não pode fazer? O que
uma mulher não pode fazer durante toda a vida?
Esta história,
trouxe comigo, com o objetivo de repensar de forma contemporânea as repressões
impregnadas em nossa essência. E até onde podemos ir com elas. Como nos
libertar de tantos “não se pode”? Como encontrar o poste de luz para clarear
nossa escuridão? Os Vultos de Não se Pode, encontram a luz em uma lamparina
urbana, quente com o fogo que se apaga ao amanhecer. Em um contraste onde o
escuro pode conter a luz e o dia esconder os desejos contidos em um indivíduo
lotado de energia. A luz do poste que sempre aparecia nas histórias, poderia
indicar uma fuga de uma vida em que, o “Não se Pode”, era a única possibilidade
para o momento de CONTATO com o outro. E o contato também é a palavra chave das
gravuras, que surge nesta série, em serigrafias que dão base às pinturas.
A metodologia de criação se inicia com a aplicação de imagens, através de serigrafia, de forma repetitiva sobre o tecido. Imagens de duas fotografias de diferentes fases de minha vida e outra de um edifício da cidade de origem Ouro Preto. Em seguida, são inseridas camadas de tinta acrílica, em pinceladas fragmentadas, gerando uma textura regular rompida por tinta aguada escorrida, tudo em um jogo de contrastes que formam imagens e sombras da personagem lendária.
Alessandra Cunha
A metodologia de criação se inicia com a aplicação de imagens, através de serigrafia, de forma repetitiva sobre o tecido. Imagens de duas fotografias de diferentes fases de minha vida e outra de um edifício da cidade de origem Ouro Preto. Em seguida, são inseridas camadas de tinta acrílica, em pinceladas fragmentadas, gerando uma textura regular rompida por tinta aguada escorrida, tudo em um jogo de contrastes que formam imagens e sombras da personagem lendária.
Alessandra Cunha
Serviço
Exposição "Vultos do não se pode", de Alessandra Cunha
Visitação: Até 30 de novembro de 2016
Horário: De segunda a sextas-feiras, das 9h às 18h; Sábados, das 11h às 16h.
Classificação etária: Livre
Local: Centro Cultural Abrigo de Bondes
Endereço: Rua Marquês do Paraná nº100, Centro,
Niterói-RJ
Tel: (21) 2610-8169
Tel: (21) 2610-8169
Assessoria de
Imprensa
Mariana Pache
de Faria – (21) 99673-5543