O Centro Cultural Abrigo de Bondes recebe
até o dia 29 de setembro a exposição: LINDA
E DIRCINHA BATISTA: AS RAINHAS DO RÁDIO -Trajetória, obra e
legado das irmãs mais famosas da música brasileira, em homenagem as famosas cantoras do
rádio. A mostra é uma parceria com a Fundação Sócio Cultural José Ricardo (Funjor), e será composta por
fotografias, discos, capas de revistas, reportagens de jornais. O acervo
exposto foi cedido por Dimas de Oliveira Junior (fotografias), Luiz Murillo
Tobias – família Linda, Dircinha e José Ricardo. Curadoria Teca Nicolau.
Sobre
as Irmãs Batista
Quando
a TV ainda não existia, a moda era ouvir os grandes artistas do rádio - que
ocupava os lares e integrava o país. Em um cenário onde a boa voz se destacava,
cantoras como Marlene, Emilinha Borba, Dalva de Oliveira, Ângela Maria, Nora
Ney, Dolores Duran, Eliseth Cardoso, Adelaide Chiozzo, entre muitas
outras, eram rainhas da música e alegravam multidões. Nessa estrada do sucesso,
Linda Batista e Dircinha Batista, as “Irmãs Batista”, foram pioneiras. Linda
foi a primeira “Rainha do Rádio”, honraria renovada por 11 anos consecutivos
(1937-1948) e teve a irmã Dircinha como sucessora. Em um período de
transformação do país, elas foram as grandes vozes femininas do início da “Era
do Rádio”. Há quem diga que Dircinha cantava melhor – tinha maior técnica e
domínio sobre a voz. Linda Batista, entretanto, era mais carismática e popular.
Razão e emoção em um equilíbrio musical de talento.
Dircinha
Batista nasceu em São Paulo no dia 7 de abril de 1922. Ainda menina, subiu ao
palco para cantar pela primeira vez ao lado do pai, o humorista e renomado
ventríloquo João Baptista Júnior. Com oito anos gravou seu primeiro disco, em
1930, com duas músicas de autoria de Batista Júnior:
"Dircinha" e "Borboleta azul". No ano
seguinte Dircinha entrou para o Programa Francisco Alves, da Rádio Cajuti.
Cinco anos depois foi a vez de Florinda Grandino de Oliveira, nascida em 4
de junho de 1919, estrear no mesmo programa. A menina adotou o nome artístico
de Linda Batista e criou sua primeira composição, "Tão
sozinha", aos 10 anos. Depois disso a carreira das irmãs Batista não
parou de crescer e culminar com uma impressionante discografia e músicas de
sucesso. Viraram estrelas nacionais, fizeram shows internacionais e foram declaradas “patrimônio nacional”, pelo
presidente Getúlio Vargas. Ele era um fã declarado das cantoras que moravam no
bairro do Catete, próximo à sede do Governo. As irmãs participaram de diversos
filmes, emplacavam sucessos seguidos e tornaram-se campeãs de vendas de discos
nas décadas de 40, 50 e início dos anos 60.
Com o sucesso, veio o dinheiro, que além de prover luxo e riqueza,
também alimentou vícios perigosos, como o jogo e as bebidas. Lá pelo meio da
década de 60 as irmãs Batista pararam de receber convites para cantar – a rádio
Nacional estava sob intervenção militar e elas não eram escaladas pela amizade
que sempre tiveram com Jango e Getúlio.
As duas não eram mais chamadas
para fazer shows e precisaram gastar todo o dinheiro para cuidar da mãe com um
câncer na garganta. Dircinha caiu em depressão e nunca mais saiu de casa. Linda
estava doente e não comia, apenas bebia. Apenas um amigo cuidou, enquanto pode
das irmãs Batista: José Ricardo, além da atuação artística,
sempre lutou para ajudar artistas em dificuldade, ajudou a vários colegas com
sua personalidade solidária. A partir dos anos 1980, assumiu, como membro de
sua família, as Irmãs Batista (Linda, Odete e Dircinha).
Exposição: LINDA E DIRCINHA BATISTA:
AS RAINHAS DO RÁDIO
Trajetória, obra e legado das irmãs mais famosas da música brasileira
Trajetória, obra e legado das irmãs mais famosas da música brasileira
Visitação: 16 de agosto a 29 de setembro
Horário:
Terça a sexta, 11 às 17h; sábado 12 às 16h
Local:
Centro Cultural Abrigo de Bondes
Endereço:
Rua Marques do Paraná, nº100, Centro, Niterói
Tel:
2620-8169
Blog:
abrigodebondes.blogspot.com
Gratuito
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